Em Portugal, no ano 2020, foram vendidas (em média) 430 unidades de pílula do dia seguinte por dia. Apesar de este ser um valor que tem vindo a diminuir ao longo dos anos, ainda é indicador de algumas falhas e dúvidas no uso da contraceção.

 

O que é a pílula do dia seguinte?

Tecnicamente chamada de contraceção oral de emergência, a pílula do dia seguinte tem como objetivo impedir uma gravidez. A sua utilização pode ocorrer após um ato sexual sem qualquer tipo de proteção ou se houve problemas com o método contracetivo usado. Também pode ser necessária a utilização em casos de violência sexual.

A não utilização de métodos contracetivos pode ser considerada irresponsável nos casos em que não existe qualquer intenção de engravidar. Ou seja, nestas situações é essencial recorrer a métodos adequados para evitar uma gestação indesejada e evitar recorrer a este tipo de contraceção de emergência.

No entanto, a eficácia dos contracetivos, apesar de elevada, não é de 100%. Assim, dos números de vendas de pílula do dia seguinte fazem parte os casos de quem teve problemas com a contraceção utilizada. Destes, os mais comuns são:

  • Falha na toma da pílula anticoncecional;
  • Rutura do preservativo;
  • Preservativo mal colocado;
  • Preservativo retido no canal vaginal;
  • Desprendimento do DIU (dispositivo intrauterino);
  • Repulsão do anel contracetivo.

 

Como funciona este contracetivo de emergência?

À semelhança do que acontece com a pílula anticoncecional, a contraceção de emergência tem como função retardar ou evitar a ovulação.

É importante salientar que, se a ovulação já tiver acontecido, a pílula do dia seguinte não vai produzir qualquer resultado, uma vez que não se trata de um medicamento abortivo. Ou seja, a gravidez não poderá ser evitada se já estiver em andamento.

 

Tipos de pílula do dia seguinte

Idealmente, a toma da pílula do dia seguinte deve ocorrer antes de ultrapassadas 48 horas após a relação sexual. Apesar de se poder atrasar até mais tarde, num prazo máximo de 5 dias, os efeitos são mais eficazes quanto mais cedo for tomada.

Existem no mercado dois tipos de pílulas do dia seguinte que diferem principalmente na sua composição e no tempo até ao qual podem ser administradas:

  1. Pílula com levonorgestrel: esta deve ser tomada nas primeiras 72 horas após as relações sexuais.
  2. Pílula com acetato de ulipristal: esta opção atua na fase pré-ovulatória precoce e tardia pelo que pode ser tomada até 5 dias depois do ato sexual.

Referir que a segunda opção é distribuída apenas em farmácias, enquanto a primeira pode ser vendida em qualquer estabelecimento autorizado.

 

Efeitos secundários da toma da pílula seguinte

Ao contrário do que muitos julgam, muitas vezes por desinformação, o uso do contracetivo de emergência não provoca infertilidade futura.

No entanto, à semelhança de todos os medicamentos, a pílula do dia seguinte tem associados alguns efeitos secundários. São eles:

  • Enjoos e vómitos;
  • Vertigens;
  • Fadiga;
  • Cefaleias;
  • Tensão nos seios;
  • Sangramento vaginal.

É importante referir que, se nas primeiras 3 horas ocorrerem situações de vómito ou diarreia, a toma deverá ser efetuada novamente.

 

Outros cuidados a ter depois da toma

Devido à toma da pílula do dia seguinte é normal que aconteça alguma desregulação menstrual, podendo haver uma antecipação ou atraso no período. Assim, é importante que, até à próxima menstruação, seja utilizado o preservativo em qualquer relação sexual.

Além disso, deve consultar um ginecologista e fazer um teste de gravidez em atrasos superiores a 7 dias ou se verificar uma situação de período menos intenso.

 

10 Coisas que deve saber sobre a pílula do dia seguinte

  • Não se trata de um método contracetivo 100% eficaz para impedir uma gravidez;
  • Não impede que venha a engravidar em próximos atos sexuais;
  • Pode provocar atrasos no ciclo menstrual. Caso haja um atraso significativo recorra a um teste de gravidez;
  • Não deve substituir outros métodos contracetivos que são muito mais eficazes na prevenção de gravidez;
  • Não provoca aborto, pelo que se a ovulação já tiver acontecido não vai impedir a gravidez;
  • Não causa infertilidade;
  • Não protege contra as DST;
  • A sua eficácia é afetada em casos de pacientes que estejam a tomar antibióticos, anticonvulsivantes ou retrovirais;
  • Em caso de toma da pílula do dia seguinte no início da gravidez, esta não vai afetar a formação do feto;
  • Apesar de não existirem efeitos secundários significativos da sua toma, é aconselhável uma consulta com o seu médico.

 

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