Quando, durante seis dias consecutivos, as temperaturas registadas estão 5 °C acima da média para aquela altura do ano, estamos perante o que o Instituto de Meteorologia considera uma onda de calor.

Com as alterações climáticas a que temos assistido, estes fenómenos repetem-se cada vez mais. Como tal, é extremamente importante a prevenção para impedir o impacto na saúde. Isto porque as ondas de calor podem, em situações extremas, colocar em risco as nossas vidas.

 

Prevenir é o melhor remédio!

Existem diversas formas de reduzir os riscos das temperaturas elevadas em períodos em que se atravessa uma onda de calor. Todas as que sugerimos abaixo contribuem à sua maneira para nos proteger.

  • Para evitar a desidratação, é fundamental a ingestão de líquidos em grandes quantidades, ainda que não sinta sede. Além disso, deve evitar o consumo de bebidas alcoólicas, com cafeína, com gás ou geladas;
  • Ao longo do dia, deve fazer mais refeições. No entanto, estas devem ser leves;
  • Nos picos de calor, evite fazer qualquer tipo de esforço físico, como a prática desportiva, ou programar atividades ao ar livre;
  • Ao longo do dia, tente refrescar o seu corpo de forma a combater as elevadas temperaturas;
  • Opte por permanecer em locais mais frescos e arejados nos momentos de maior intensidade da radiação solar;
  • Opte, nestes dias, por usar vestuário mais leve e fresco;
  • Caso tenha de viajar de automóvel, tente fazê-lo em horários mais frescos;
  • A utilização de protetor solar, quer no corpo, quer no rosto, deve ser feita recorrendo a um fator elevado.

 

Populações mais vulneráveis às ondas de calor

Existem franjas da nossa sociedade que estão mais suscetíveis aos efeitos nocivos de uma onda de calor. Esta fatia da população exige uma maior atenção e cuidados redobrados.

  • Os bebés e crianças, por serem muito dependentes dos pais, não conseguem compreender os perigos do calor excessivo. Além disso, são seres muito mais frágeis e suscetíveis a problemas de desidratação;
  • Os idosos são outro grupo de risco. Além de não se conseguirem adaptar bem ao calor extremo, muitos são portadores de doenças crónicas. Esta condição deixa-os mais vulneráveis aos efeitos de uma onda de calor;
  • Os doentes cardíacos, mentais ou respiratórios, diabéticos e hipertensos estão também entre a população que se deve manter vigilante. Aliás, em geral, os doentes crónicos devem, em caso de onda de calor, redobrar cuidados;
  • Pessoas que sofram de obesidade devem também estar alerta para os riscos do calor extremo. Pelo facto de reterem em demasia o calor corporal, sentem maiores dificuldades no seu arrefecimento;
  • Pessoas acamadas ou com distúrbios mentais estão em risco acrescido. Tal deve-se à possibilidade de não perceberem que têm sede ou de não conseguirem manifestá-la;
  • Pessoas que pratiquem desporto ou que trabalhem ao ar livre estão especialmente sujeitas aos efeitos nocivos de uma onda de calor. Por estarem em contacto com a radiação solar e por transpirarem mais, correm riscos elevados de desidratação;

As condições de habitação podem igualmente colocar em risco a população. Um fraco isolamento térmico pode sujeitar os habitantes a temperaturas elevadas e que promovam a desidratação.

 

Principais riscos de saúde provocados por uma onda de calor

  • Queimaduras solares

As temperaturas elevadas, características de uma onda de calor, podem estar associadas a diversos problemas de saúde. Por isso mesmo, é importante proteger a sua pele da exposição intensa à radiação solar. Esta pode provocar queimaduras solares que acabam por danificar a pele e enfraquecer a capacidade de o corpo se proteger do calor. Nesse sentido, é importante a utilização de um protetor solar de fator 50+ e ainda chapéu.

  • Golpe de calor

Esta é uma situação extrema, mas que sucede no espaço de apenas 10 a 15 minutos. Caracteriza-se por um aquecimento muito rápido do corpo até aos 39 °C. Provoca febre alta, associada a uma vermelhidão cutânea, secura e ausência de sudação. Além disso, provoca uma aceleração da pulsação, cefaleias e momentos de confusão. Náuseas, tonturas e desmaios são outros dos sintomas provocados pelo golpe de calor.

  • Esgotamento

Neste caso, falamos de um processo que se fica a dever a uma excessiva perda de líquidos e dos respetivos sais minerais. Caracteriza-se por transpiração acima do normal, associada a uma sensação de cansaço e cãibras musculares. Além disso, pode provocar dores de cabeça, enjoos, vómitos e até desmaios. Palidez, pele fria e ritmo cardíaco oscilante são outros dos indicadores de um esgotamento.

  • Cãibras

São mais comuns em pessoas que praticam desporto e suam muito. No entanto, também podem ocorrer numa onda de calor. As cãibras são contrações dos músculos da barriga, das pernas e dos braços que sucedem involuntariamente. Nestas situações, recomenda-se o arrefecimento do corpo, colocando-se à sombra e utilizando água para se molhar. Também se deve beber muitos líquidos para repor a temperatura corporal.

 

Os golpes de calor e os esgotamentos são, por norma, aqueles que exigem que o paciente seja visto por um médico. No entanto, é importante manter-se alerta em relação a todos os riscos descritos acima.

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