Os animais de estimação têm vidas cada vez mais longas. Contudo, atingir a longevidade com qualidade de vida exige que tenhamos alguns cuidados com os nossos amigos de quatro patas.
Quer sejam cães, gatos ou outras espécies, os animais de companhia são considerados família pela maioria das pessoas. Nesse sentido, o seu bem-estar é fundamental e exige uma preocupação constante.
São vários os aspetos a ter em conta para proporcionar aos animais de estimação uma vida longa, feliz e saudável. Neste artigo, resumimos as principais questões relacionadas com o seu envelhecimento, bem como as preocupações a ter por parte dos donos.
Sinais de envelhecimento dos animais de estimação
Os gatos entram na terceira idade por volta dos 6 anos. Contudo, nos cães o envelhecimento depende de outros fatores, tais como a raça. Os de maior porte envelhecem mais rápido, o que faz com que cheguem à senioridade por volta dos 6 anos. Os mais pequenos, pelo contrário, têm uma maior longevidade, sendo considerados seniores a partir dos 12 anos.
Independentemente da espécie, raça ou idade dos animais de estimação, o passar do tempo vai trazendo algumas complicações. Como consequência, assistimos a um abrandamento das principais funções do organismo e uma maior vulnerabilidade. Os sinais de envelhecimento acabam, então, por surgir:
- Pelo quebradiço;
- Pele mais sensível, escura e espessa;
- Enfraquecimento dos dentes, o que aumenta o risco de doenças orais;
- Problemas de digestão;
- Perda de massa muscular;
- Inflamação das articulações;
- Mudanças comportamentais, tais como desorientação e diminuição da energia e interação;
- Alteração de hábitos de sono e higiene.
A importância de uma alimentação saudável
No âmbito dos cuidados a ter com os “patudos”, a alimentação ocupa um lugar de destaque. Com efeito, hábitos alimentares corretos previnem e atrasam o aparecimento de doenças relacionadas com o envelhecimento.
Em relação aos cães, é importante que comam entre 2 a 4 vezes por dia e que cada dose seja adequada à idade e peso do animal. Ao mesmo tempo, devem ser incentivados a beber água.
Para além disso, é conveniente ter em conta o valor nutricional das rações, pois estas podem exercer uma função específica. Por exemplo, as proteínas contrariam a perda de músculo, os antioxidantes estimulam as defesas do organismo e as fibras mantêm o intestino ativo.
No que diz respeito aos gatos, as refeições devem ser mais frequentes do que o habitual, mas em quantidades menores. Recomenda-se que as rações contenham proteínas de alta qualidade, bem como minerais e vitaminas. Idealmente, devem ter um baixo teor de calorias, para que os gatos não aumentem significativamente de peso.
Saiba ainda que é importante incentivar os felinos a comer. Isto porque, com o envelhecimento, a perda do olfato pode provocar desinteresse pela comida. A ingestão de água também deve ser encorajada para prevenir a desidratação.
Outros cuidados a ter com os animais de estimação
Para além da alimentação, há outros cuidados essenciais que devemos pôr em prática quando os nossos animais de estimação chegam à terceira idade. A higiene é um deles.
Nesta fase, os banhos devem ocorrer, no máximo, uma vez por mês, com produtos próprios para peles sensíveis. Além disso, a limpeza dos olhos e ouvidos deve ser mais frequente.
As idas ao veterinário são de extrema importância e devem acontecer, idealmente, de 6 em 6 meses. O objetivo destas consultas é avaliar o estado de saúde dos animais de estimação, para poder diagnosticar e tratar eventuais doenças o mais cedo possível. Isto porque, com a velhice, estes ficam mais propensos a patologias como diabetes, insuficiência cardíaca e/ou renal e cataratas.
A saúde dos nossos animais de estimação está intimamente ligada à forma como cuidamos deles. O afeto que lhes damos é fundamental, mas não chega. Tratar é uma tarefa que exige responsabilidade e paciência, especialmente na fase de envelhecimento. Faça-o com dedicação, pois o seu animal continuará a ver no dono um amigo, um companheiro e um protetor!
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