Transpiração excessiva: Causas e soluções para a hiperidrose

Transpirar é um mecanismo essencial para a regulação da temperatura do organismo. No entanto, em algumas pessoas, este processo pode ocorrer de forma exagerada, interferindo na qualidade de vida. Esta situação de transpiração excessiva é conhecida como hiperidrose.

Se sofre desta condição, saiba que não é caso único. A transpiração excessiva ou hiperidrose é mais comum do que se imagina e, felizmente, existem soluções eficazes para controlar os seus sintomas.

O que é a hiperidrose?

A hiperidrose é uma condição médica caracterizada por uma produção de suor superior ao necessário para a regulação da temperatura do corpo. Pode afetar diferentes zonas, como axilas, palmas das mãos, plantas dos pés, rosto e peito.

Existem dois tipos principais de hiperidrose:

Hiperidrose primária – Não está associada a nenhuma doença subjacente. Costuma manifestar-se ao longo da infância e adolescência, sendo mais frequente em áreas localizadas.

Hiperidrose secundária – Resulta de outras condições médicas, como distúrbios hormonais, infeções, doenças metabólicas (como diabetes) ou efeitos secundários de certos medicamentos.

5 Causas da transpiração excessiva

A origem da transpiração excessiva varia consoante o tipo de hiperidrose:

Fatores genéticos – A hiperidrose primária pode ter origem familiar.

Alterações hormonais – Como as que ocorrem na menopausa, gravidez, puberdade ou em casos de hipertiroidismo.

Estados emocionais – A ansiedade e o stress podem agravar esta condição.

Doenças sistémicas – Como infeções, obesidade, diabetes e algumas neoplasias.

Medicação – Antidepressivos e medicamentos para a pressão arterial, por exemplo, podem causar sudorese intensa.

Como é feito o diagnóstico?

Se sente que a transpiração excessiva está a afetar as suas rotinas, relações sociais ou autoestima, procure orientação médica. A hiperidrose tem tratamento e o seu impacto pode ser significativamente reduzido.

O diagnóstico da hiperidrose baseia-se na análise da história clínica do paciente e numa avaliação física. É fundamental perceber se existe uma causa subjacente ou se se trata de uma hiperidrose primária.

Em alguns casos, o médico pode solicitar exames complementares, como análises sanguíneas, dosagens hormonais ou testes específicos (como o teste de iodo-amido) para identificar o padrão da transpiração.

Quais os tratamentos disponíveis?

O tratamento da hiperidrose depende da sua gravidade e localização. Existem diferentes abordagens, que vão desde mudanças nos cuidados diários até intervenções médicas especializadas.

Antitranspirantes e desodorizantes

Os desodorizantes antitranspirantes, à base de compostos de alumínio, ajudam a reduzir a produção de suor nas zonas aplicadas. Ao mesmo tempo, controlam os maus odores do suor.

Medicamentos orais

Alguns fármacos, como os anticolinérgicos, podem ser usados em casos mais severos de hiperidrose. No entanto, apresentam efeitos secundários e requerem vigilância médica.

Aplicação de toxina botulínica

Esta opção é muito eficaz, sobretudo na hiperidrose axilar. A toxina botulínica bloqueia temporariamente os nervos que estimulam as glândulas sudoríparas, reduzindo a quantidade de suor libertado.

Iontoforese

Tratamento indicado para casos de transpiração excessiva nas mãos e pés. Consiste na passagem de uma corrente elétrica fraca através da pele dessas zonas.

Cirurgia (simpatectomia)

Esta abordagem é considerada apenas em casos graves e resistentes a outros tratamentos. Consiste numa intervenção cirúrgica sobre o nervo responsável pela sudação excessiva.

Estratégias para lidar com a transpiração no dia a dia

Além dos tratamentos médicos, há estratégias simples que ajudam a lidar com a transpiração no quotidiano:

Prefira roupas leves, respiráveis e de algodão;

Evite comidas muito condimentadas e bebidas com cafeína;

Mantenha a pele seca e higienizada para evitar maus odores.

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