O stress é frequentemente designado “a doença dos tempos modernos”. A verdade é que constitui um problema comum e está presente no quotidiano de todos nós.
Apesar de associarmos este estado à vida adulta, é na adolescência que surgem as primeiras situações de stress. Há quem aprenda a lidar com as complicações do dia a dia de forma prática e natural. No entanto, alguns jovens apresentam mais dificuldades em gerir obstáculos, independentemente da sua natureza.
Elevados níveis de stress resultam, às vezes, em ataques de ansiedade e de pânico ou até mesmo em depressões. De forma a prevenir o desenvolvimento de problemas sérios como estes, é importante estar atento aos sinais desde cedo.
Afinal, o que é o stress?
O stress é uma reação instintiva, natural e fisiológica do organismo. Perante situações de medo ou nervosismo, assiste-se a um aumento do nível de concentração, uma diminuição do tempo de reação e uma intensificação da agilidade. O sistema nervoso central é acionado e desencadeia manifestações em vários campos.
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Sinais físicos:
- Aumento do ritmo cardíaco;
- Pupilas dilatadas;
- Elevada libertação de hormonas (adrenalina);
- Aumento da transpiração (especialmente nas mãos);
- Dores musculares, de cabeça, peito e/ou estômago;
- Dificuldades em respirar;
- Alterações no apetite;
- Cansaço.
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Sinais emocionais e comportamentais:
- Dificuldade em relaxar;
- Irritabilidade, choro e agressividade;
- Medo e insegurança;
- Afastamento social e familiar.
Principais causas do stress na adolescência
A adolescência é muito mais do que a transição entre a despreocupação da infância e as responsabilidades da vida adulta. Trata-se de um período carregado de novas experiências, com sentimentos e emoções fortes, assim como desilusões e frustrações.
Com o aproximar da entrada para a universidade, os jovens começam a aperceber-se da pressão escolar. A adolescência é também um momento de afirmação da personalidade, das primeiras paixões e do despertar da sexualidade.
Além destes exemplos, existem muitas outras situações que levam a preocupações excessivas e a níveis de ansiedade e stress elevados:
- Transformações físicas resultantes da puberdade;
- Baixa autoestima;
- Mudanças de escola e dificuldades de integração;
- Problemas no seio familiar: por exemplo, dificuldades financeiras ou separação/divórcio dos pais;
- Morte/doença de algum amigo ou familiar;
- Entrada no ensino universitário.
Aprender a gerir e ultrapassar os problemas
A vida é um desafio constante e enfrentar os obstáculos que vão surgindo faz parte da jornada. Nesse sentido, gerir situações de stress é algo que os adolescentes, mais tarde ou mais cedo, terão de encarar.
Assim sendo, é importante desenvolver técnicas e ferramentas para lidar com questões de caráter mais difícil. Para isso, é essencial adotar uma postura positiva, que assenta em quatro pilares fundamentais:
- Perceber o que está a provocar ansiedade e o que pode ser feito para a controlar;
- Desabafar: Partilhar problemas e sentimentos com uma pessoa de confiança;
- Relaxar de uma ou mais maneiras, como por exemplo ouvir música e praticar desporto. Os exercícios de respiração também são ótimos para aliviar o stress;
- Identificar características pessoais que aumentam a autoestima e traçar objetivos realistas.
De que forma os pais podem ajudar os filhos?
Os pais devem intervir quando sentem que os filhos estão a passar por uma fase difícil. Devem, no mínimo, mostrar interesse nos problemas que apoquentam os mais novos e mostrar-se disponíveis para ajudar. Além disso, podem prestar apoio de outras formas, tais como:
- Prestar atenção a mudanças comportamentais e de hábitos;
- Envolver os adolescentes na vida familiar;
- Encorajá-los positivamente, de modo a elevar a sua autoestima;
- Estimular boas práticas de alimentação e de atividade física.
Às vezes, dar apoio e mostrar compreensão não é suficiente. Alguns comportamentos são preocupantes! Por isso, torna-se necessário procurar ajuda especializada nas seguintes ocasiões:
- Faltas às aulas e baixos resultados académicos;
- Dificuldade em dormir, o que leva a desconcentração e fraco desempenho escolar;
- Distúrbios alimentares (e consequente perda ou aumento de peso);
- Isolamento;
- Agressividade.
Lidar com o stress é um desafio constante, quer para pais, quer para filhos. Por um lado, os adultos não querem ver os adolescentes a sofrer. Por outro, os jovens sentem, pela primeira vez, que têm a responsabilidade de enfrentar os problemas. Perante esta realidade, algumas pessoas conseguem relativizar com facilidade. Mas, noutras, a má gestão das emoções e elevados níveis de stress podem potenciar problemas mais graves.
Precisa de ajuda? Na Farmácia Nova da Maia, estamos sempre disponíveis para apoiá-lo em qualquer questão relacionada com a sua saúde. O stress não é exceção! Apesar de ser muitas vezes desvalorizado, encaramos com seriedade as possíveis consequências deste distúrbio. Fale connosco, teremos todo o gosto em ouvi-lo e aconselhá-lo!
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Excelente artigo tenho um filho de 14 anos e infelizmente encaixa-se mesmo nesta triste realidade. Já não sei o que fazer
Obrigada pelo seu comentário e votos para que a situação com o seu filho melhore. Qualquer questão que queira ver esclarecida estaremos ao seu dispor.
Trabalho bem ilustrado.
Obrigada