Os contracetivos são essenciais para uma sexualidade responsável e segura. Relações sexuais desprotegidas podem originar, além de problemas de saúde graves, uma gravidez indesejada.
Uma vida sexual consciente deve ser gratificante e, sobretudo, segura para homem e mulher. Ambos, dentro das suas especificidades, devem envolver-se na tomada de decisão.
Os contracetivos são uma importante ferramenta para o planeamento familiar. Nesta matéria, existem várias formas de apoio às famílias. O aconselhamento dado nos centros de saúde, por exemplo, é fundamental no processo de escolha do método contracetivo mais adequando a cada pessoa. Tem, ademais, uma importância fulcral no esclarecimento de dúvidas sobre a saúde do casal.
Qual o método anticoncecional mais seguro?
Atualmente, existem vários métodos contracetivos disponíveis no mercado. Nenhum é 100% infalível, pois há variáveis que influenciam a sua eficácia. No momento da escolha, deve considerar:
- A saúde de cada um dos parceiros e possíveis riscos associados ao método;
- O estilo de vida dos membros do casal;
- Os efeitos secundários originados pelo contracetivo;
- O preço;
- O grau de proteção.
Existem dois tipos de anticoncecionais: os de barreira e os hormonais. Para evitar uma gravidez indesejada, é fundamental estar bem informado. Conheça, por isso, alguns dos métodos disponíveis no mercado e perceba qual o que melhor se adequa às suas necessidades.
4 Métodos contracetivos de barreira
Os contracetivos não hormonais são métodos menos invasivos e não interferem no ciclo menstrual da mulher. Apenas impedem o cruzamento entre as células sexuais feminina e masculina.
1. Preservativo masculino
É feito em látex e introduz-se no pénis. Não exige supervisão médica e a sua eficácia é de cerca de 95%. Para além da contraceção, protege também das doenças sexualmente transmissíveis (DST). Tem como desvantagens o risco de rompimento ou o possível surgimento de reações alérgicas ao látex ou ao lubrificante. No entanto, hoje em dia já existem preservativos sem látex.
2. Preservativo feminino
É do mesmo material do preservativo masculino, mas mais resistente. Insere-se no interior da vagina e, quando bem usado, tem uma taxa de sucesso de até 95%. Protege de algumas DST, podendo ser colocado no momento da relação sexual ou até 8 horas antes. Todavia, é mais dispendioso e menos prático do que o preservativo masculino.
3. Dispositivo Intrauterino (DIU)
Este dispositivo é inserido no útero por um profissional de saúde. Exige unicamente uma aplicação, que se pode prolongar até 10 anos. O seu grau de proteção chega aos 98%, não provocando efeitos secundários sistémicos. Não tem interferência no ato sexual.
4. Diafragma
É um método contracetivo que se introduz na vagina, impedindo os espermatozoides de alcançarem o útero. Antes da sua colocação, é necessário aconselhamento médico para verificar o diâmetro do colo do útero. Para melhorar a eficácia, que pode chegar aos 94%, exige a utilização de espermicida. É reversível e não tem interferência no ato sexual. Contudo, não é de simples utilização.
5 Métodos contracetivos hormonais
Os contracetivos hormonais, ao contrário dos de barreira, são métodos invasivos, compostos por químicos que impedem a ovulação da mulher.
1. Pílula
É um contracetivo tomado por via oral, que implica uso regular, geralmente diário. Antes do início da toma, deve ser realizada uma consulta médica para a prescrição da pílula que melhor se adequa a cada mulher. A sua eficácia chega aos 99%. Não tem interferência no ato sexual e pode trazer benefícios para o ciclo menstrual.
2. Adesivo
Trata-se de um contracetivo que se aplica na pele e que deve ser renovado a cada sete dias. Após três semanas, deve ser feita uma pausa para ocorrência da menstruação. Crê-se que a taxa de eficácia é idêntica à da pílula. Por outro lado, tem como desvantagem a possibilidade de provocar irritabilidade na zona de aplicação.
3. Implante subcutâneo
Coloca-se no antebraço, através de uma pequena cirurgia, podendo permanecer até três anos. É um contracetivo dispendioso, mas tem uma taxa de eficácia de quase 100%. Pode, eventualmente, causar efeitos secundários, como náuseas, cefaleias, manchas na pele, dor nos seios e variações de humor.
4. Solução injetável
Implica uma injeção intramuscular a cada três meses. Assim sendo, é um método seguro e reversível com 98% de eficácia. No entanto, apresenta alguns contras, como a irregularidade do ciclo menstrual e o aumento de peso. Além disso, o regresso à fertilidade pode não ser imediato após a cessação do tratamento.
5. Anel vaginal
É um dispositivo inserido no interior da vagina. O anel é mantido durante três semanas, seguindo-se uma semana de pausa. A sua eficácia é semelhante à da pílula. É prático na sua utilização e o retorno à fertilidade é imediato após o fim do uso. No entanto, inicialmente, poderá causar irregularidade no ciclo menstrual.
Para além destes métodos contracetivos, existe ainda a contraceção de emergência, que abordámos, anteriormente num artigo no nosso blog. A pílula do dia seguinte é o único anticoncecional que pode ser utilizado após a relação sexual. Contudo, deve ser usado apenas em casos excecionais, devido a uma relação desprotegida ou a um incidente com outro contracetivo.
Para mais esclarecimentos sobre sexualidade, poderá contar com o apoio da Farmácia Nova da Maia, onde profissionais de saúde prestam um atendimento personalizado. Se desejar manter-se informado sobre este e outros temas de saúde e bem-estar, subscreva o nosso blog. Aqui encontrará, principalmente, artigos relacionados com doenças comuns, mitos e dúvidas frequentes.
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