A esterilização de um cão ou gato é um procedimento pelo qual muitos donos de animais domésticos optam. Porém, se é verdade que tal prática traz benefícios para os animais de estimação, também pode acarretar riscos.

A decisão de esterilizar, ou não, deve ter em conta alguns fatores. A idade, a raça e o estado do animal são os mais evidentes. É também necessário ter em conta que os efeitos desta intervenção são irreversíveis. Ou seja, uma vez castrado, o cão ou gato ficará impossibilitado de se reproduzir para sempre.

Em paralelo, há que avaliar que precauções se deve ter antes e após a operação com vista a este fim. Do período de jejum à medicação a dar, importa perceber que este é um processo que requer cautelas.

Fique a par dos prós e contras e dos vários tipos de castração. Perceba ainda o que deve merecer a sua atenção, se realmente quiser esterilizar o seu animal, e quando o deve fazer.

 

Quando proceder à esterilização

Nos gatos, é conveniente que a esterilização se dê antes que estes estejam preparados para iniciar a vida sexual. Significa que tal deve ocorrer entre os 4 e os 6 meses. Antes de proceder à castração, mantenha o felino em casa para que não haja o menor risco de reprodução.

Em relação aos cães, o ideal é que o procedimento aconteça entre os 6 e os 7 meses de idade. No entanto, o melhor é aconselhar-se com o veterinário, pois o timing certo varia em função da raça.

 

Métodos de esterilização

A esterilização de cães ou gatos pode efetuar-se, sobretudo, através de três formas: a ovariohisterectomia, a orquiectomia e a vasectomia.

A ovariohisterectomia consiste na remoção dos ovários e do útero das cadelas e das gatas. Alguns veterinários, contudo, dão preferência à ovariectomia, que consiste somente na extração dos ovários. Já a orquiectomia diz respeito aos machos e realiza-se através da castração dos seus testículos. Este tipo de esterilização é de execução simples.

Quanto à vasectomia, importa dizer que se trata de uma via menos utilizada pelos profissionais de saúde animal. Tal como a orquiectomia, é aplicável aos machos e impede os espermatozoides de serem expelidos, impossibilitando assim a fecundação. Nas fêmeas, o ato equivalente à vasectomia é a laqueação de trompas.

 

Vantagens da esterilização de cães e gatos

A maior vantagem da esterilização prende-se com a prevenção de problemas que afetem a saúde dos animais. Em concreto, ao castrar um cão ou um gato, estará a contribuir para:

  • Evitar uma gravidez indesejada ou psicológica – Pelo desaparecimento do cio nas fêmeas e dos estímulos sexuais nos machos, controla-se a natalidade, que é uma das causas da sobrelotação de canis e gatis, bem como de abandonos. As crias desamparadas crescerão e andarão pelas ruas, tornando-se mais hostis, desenvolvendo doenças e pondo em causa a saúde pública;
  • Reduzir a probabilidade de doenças graves, entre as quais o cancro na mama, no útero e nos ovários, assim como outro tipo de infeções. Nos cães, é evitado o aparecimento de tumores nos testículos e é diminuída a possibilidade de cancro na próstata;
  • Sossegar o ímpeto do animal – Um cão ou um gato, mesmo que completamente domesticado, não perde a condição de ser irracional e imprevisível. Depois de esterilizados, os animais tenderão a ter um comportamento mais calmo e, portanto, menos agressivo.

 

Desvantagens da esterilização do seu cão ou gato

Os eventuais incómodos inerentes à decisão de esterilizar um animal dizem, essencialmente, respeito ao seguinte:

  • Possíveis complicações decorrentes da operação – Não se esqueça de que este é um procedimento que obriga a uma intervenção cirúrgica, com anestesia geral. Isso implica sempre um risco para o animal, ainda que reduzido;
  • Aumento de peso – A tendência para engordar é manifesta em muitos cães e gatos após a esterilização. O risco de obesidade é, por isso mesmo, acrescido. Nesses casos, os cuidados a ter com a alimentação devem ser redobrados;
  • Problemas urinários e de outro cariz – É possível que haja registos de incontinência, no caso dos cães, e de infeções urinárias, no caso dos gatos. Além disso, em situações de castração prematura, poderão surgir uma série de desequilíbrios hormonais

 

Cuidados a ter antes e após a operação

1. Garantir o jejum do animal

Se se decidir pela esterilização do seu cão ou gato, há uma medida que deverá tomar previamente: certificar-se de que o animal chega à mesa de operações em jejum. Por isso, é fundamental que este não seja alimentado nas 12 horas anteriores. Esta é a única questão com a qual é aconselhável preocupar-se antes da intervenção.

 2. Dar a medicação correta

Depois da operação, principalmente nas primeiras 24 horas, é normal que o animal sinta desorientação, desconforto e algumas dores leves. Em circunstâncias como essa, poderá ministrar-lhe um analgésico ou um anti-inflamatório.

Tome, no entanto, atenção a isto. Não recorra a qualquer fármaco que tenha guardado em casa, de modo aleatório e indiscriminado. Alguns medicamentos usados com frequência pelas pessoas podem conduzir à morte dos animais. Informe-se com o veterinário para que a medicação dada ao seu felino ou ao seu patudo seja a correta.

 3. Disponibilizar apenas a comida e água suficientes

Outro cuidado que se recomenda, na fase do pós-operatório, é deixar água e ração ao dispor do seu “parceiro”. Na verdade, isso é algo sempre desejável. A diferença é que aqui convém haver uma cautela especial na quantidade que é providenciada. Por exemplo, se o cão ou gato esterilizado beber muita água, é possível que se sinta mal e vomite.

Em relação à comida, não force o animal a ingerir nada contra a sua vontade, muito menos exagere nas doses. Deixe-lhe na gamela metade da quantidade habitual. É suficiente e garantirá uma alimentação saudável.

 4. Assegurar o máximo conforto possível

A recuperação da esterilização por parte do animal será tanto melhor quanto maior for o conforto concedido pelos donos. Reserve-lhe um lugar silencioso, quente, escuro e tranquilo, de preferência afastado de outros animais e de crianças. Ao mesmo tempo, mantenha-se vigilante e próximo.

 5. Colocar um colar protetor

Além de desinfetar a zona sobre a qual incidiu a cirurgia, é importante a colocação de alguma barreira que a proteja. Cães e gatos caem muitas vezes na tentação de lamber e arranhar a região afetada. O colar protetor (ou colar isabelino) evita qualquer contacto que possa comprometer a cicatrização das feridas cirúrgicas.

 

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