Tratar uma tendinite pode ser um processo rápido ou mais demorado, dependendo da gravidade da situação apresentada por cada paciente. Este problema de saúde consiste, resumidamente, numa inflamação de um tendão associada a movimentos repetitivos.

Neste artigo, vamos explorar mais a fundo esta patologia e tentar esclarecer as suas principais dúvidas.

 

O que é uma tendinite?

Clinicamente falando, a tendinite consiste num processo inflamatório desenvolvido num tendão, ou seja, nas estruturas fibrosas que unem os músculos aos ossos. As partes do corpo onde este problema tende a surgir com mais frequência são: coxas, joelhos, tornozelos, ombros e pulsos.

 

Como surge?

A tendinite é mais frequente em pessoas sujeitas a um maior desgaste físico e que repetem muitas vezes os mesmos movimentos. Falamos, por exemplo, de atletas que, pela sua atividade física, levam o corpo ao limite. Mas também funcionários de linhas de montagem costumam desenvolver estas patologias, devido à repetição exaustiva dos mesmos gestos.

De facto, é a recorrência do mesmo movimento ao longo de muito tempo que provoca a maioria dos casos de tendinite. No entanto, esta pode ser igualmente provocada por uma lesão súbita. Também a idade, devido à degeneração dos tendões, pode ser um fator de risco.

 

Sintomas comuns e evolução da tendinite

Este tipo de patologia tem diferentes estágios de evolução, pelo que também a sintomatologia pode variar em cada um desses períodos. Inicialmente, o doente apresenta dores localizadas na área do tendão afetado. Determinados gestos podem provocar a agudização da dor e o seu alastramento para os músculos em redor.

As 4 fases mais comuns deste problema são:

  1. Surgimento de dor provocada por esforço físico ou movimento repetitivo;
  2. A dor torna-se intermitente: desaparece depois do aquecimento, mas reaparece com o cansaço;
  3. A dor evolui, transformando-se numa dor constante;
  4. Sem tratamento, pode ocorrer rotura do tendão.

Para evitar um desfecho grave, estes são alguns dos principais sintomas que podem ser úteis para identificar e começar a tratar a tendinite numa fase inicial:

  • Dor localizada, que se pode espalhar para a musculatura envolvente;
  • Cansaço e perda de força;
  • Pontadas de dor ao fazer certos movimentos;
  • Inchaço e vermelhidão da zona afetada;
  • Sensação de formigueiro;
  • Limitação de movimentos;
  • Atrofia muscular.

 

Como é feito o diagnóstico?

A avaliação de toda a sintomatologia deve ser feita durante uma consulta com um médico especialista. Para que possa diagnosticar e escolher a melhor forma para tratar a tendinite, o profissional de saúde pode recorrer a três tipos de exames: radiografia, ecografia ou ressonância magnética.

Só através da avaliação do estado do tendão pode ser recomendado o melhor tratamento e criado um programa de reabilitação adequado.

 

Formas de tratar uma tendinite ligeira

A cirurgia é, por norma, o último recurso no que diz respeito a tratar uma tendinite. Até lá, é necessário repousar, medicar e recorrer à fisioterapia, que pode ajudar no processo de reabilitação.

Desta forma, a primeira fase de tratamento deve começar pelo descanso. No caso de ser identificada uma lesão num tendão é importante reduzir ao mínimo a atividade do mesmo. Além de repousar, o uso de gelo, acompanhado de medicação anti-inflamatória, vai promover um alívio da dor.

O objetivo principal passa por reduzir a inflamação do tendão. Nesse sentido, massajar e elevar a zona lesionada são técnicas que devem também ser aplicadas.

Se, com estes tratamentos mais ligeiros, o problema não for solucionado, então é preciso recorrer a alternativas, como a fisioterapia, para recuperar as capacidades do tendão. Esta pode ser feita com recurso a diferentes técnicas, que incluem:

  • Ultrassons;
  • Massagens;
  • Exercícios de força e flexibilidade.

Um método muito utilizado, por exemplo, em futebolistas, são as infiltrações, outra opção para tratar tendinites mais graves ou persistentes. Esta técnica consiste na aplicação, por injeção, de produtos ou medicamentos que irão atuar diretamente na região afetada. Podem ser injetados medicamentos anti-inflamatórios, concentrados de plaquetas, ácido hialurónico ou outros.

Como já referimos, a opção cirúrgica só se coloca em casos em que os tratamentos anteriores não obtenham resultados significativos.

 

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