O final do ano 2019 ficou marcado pelo aparecimento de um novo coronavírus. Os agentes infeciosos desta família de vírus são responsáveis pelo aparecimento de doenças respiratórias, mas geralmente circulam apenas entre animais, nunca chegando a infetar seres humanos. No entanto, este novo coronavírus foi transmitido de outra espécie para a espécie humana, propagando-se depois entre pessoas.

A manifestação da doença no ser humano é muito idêntica à do vírus da gripe. A gravidade dos sintomas depende da evolução que o vírus tem e do sistema imunitário da pessoa infetada.

Desde o início do século já ocorreram 3 surtos por coronavírus:

  • SARS – Síndrome Respiratória Aguda Grave, em 2003;
  • MERS – Síndrome Respiratória do Médio Oriente, em 2012;
  • Este novo coronavírus designado por 2019-nCoV.

No final de 2019, esta infeção foi detetada pela primeira vez em Wuhan, na China. Acredita-se que o foco originário ocorreu numa feira de alimentos e animais vivos daquela cidade, encerrada posteriormente em janeiro de 2020.

 

A propagação do vírus

Sendo uma infeção viral, a sua propagação a nível mundial é um risco. Os casos identificados começaram por concentrar-se na China, sobretudo na região de Wuhan, mas romperam fronteiras.  Na Europa, após a deteção dos primeiros casos, os estados adotaram planos de contingência para tentar minimizar a propagação do surto.

Em Portugal, as principais organizações de saúde pública (como os hospitais e o INEM) prepararam-se para dar resposta a eventuais casos da doença. A Linha SNS24 foi também reforçada para avaliar as situações, coordenando e direcionando o acompanhamento para a unidade de saúde mais adequada.

 

Sintomas do novo coronavírus

A sintomatologia do novo coronavírus é muito semelhante à da gripe. Em quadros ligeiros, febre, tosse e dificuldades respiratórias são os sintomas mais comuns, ocorrendo em cerca de 80% dos infetados.

Os doentes crónicos estão mais predispostos ao desenvolvimento de sintomas severos deste vírus. Nessas situações, podem surgir casos de pneumonia, insuficiência respiratória aguda e falência de órgãos.

As primeiras conclusões indicam que o período de incubação (desde que se é infetado até à manifestação dos primeiros sintomas da doença) será de 14 dias. Estudos iniciais revelaram também que o vírus é transmissível a partir de animais e entre humanos, contudo não ficaram imediatamente claros os detalhes quanto às formas de transmissão.

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é realizado em doentes que tenham a sintomatologia atrás referida. A partir daí, o doente é isolado e analisado através de uma técnica de Biologia Molecular para confirmar a presença do vírus no organismo.

O tratamento do coronavírus passa pelo controlo da sintomatologia associada, como a febre e os problemas respiratórios. Nos primeiros tratamentos – devido à inexistência de uma vacina específica – uma combinação de medicamentos antivirais (destinados a outros tipos de vírus) mostrou-se eficaz na maioria dos casos.

 

Como prevenir a infeção por coronavírus?

Sendo um vírus que apanhou a comunidade médica de surpresa, os dados sobre o mesmo eram inicialmente muito vagos. Desse modo, surgiram algumas recomendações por parte da Organização Mundial da Saúde para prevenir a doença.

  • Evitar o contacto com pessoas com infeções respiratórias;
  • Adotar hábitos de etiqueta e higiene respiratória, como lavar frequentemente as mãos e tossir e espirrar tapando o nariz e a boca com a zona interna do cotovelo e nunca com as mãos;
  • Proteger-se no contacto com animais selvagens ou de quinta, especialmente nas zonas afetadas pelo vírus;
  • Adotar precauções relativamente à segurança alimentar, cozinhando bem a carne e os ovos;
  • Usar máscaras faciais se tiver sintomas coincidentes com doenças respiratórias, no sentido de minimizar as hipóteses de contágio.

 

É possível viajar para a China?

Apesar do foco da doença estar concentrado na China, não há qualquer restrição para viajar para este país. Contudo, deve adotar todas as medidas recomendadas pelas autoridades locais, além dos cuidados atrás referidos.

Caso tenha estado na China, sobretudo nas regiões afetadas, e tiver sintomas como febre, tosse e dificuldades respiratórias, não se desloque a nenhuma unidade de saúde. Contacte primeiro a Linha de Saúde SNS24 para o orientar convenientemente.

 

Para conter e evitar a propagação do vírus, é fundamental seguir as recomendações das autoridades de saúde, que estão em contacto permanente com as organizações mundiais que monitorizam a evolução global do surto.

Não há razões para um alarme social exagerado, sobretudo em Portugal. Os planos de contingência foram ativados e os profissionais estão preparados para agir.

 

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