Herpes labial é uma doença contagiosa provocada pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1). Estima-se que cerca de 80% da população, com idade inferior a 50 anos, já tenha tido contacto com o HSV-1. Porém, menos de 1/3 destas pessoas desenvolveram a infeção. As restantes criaram anticorpos que as tornam imunes ao vírus.
Saiba como diagnosticar o herpes labial
Se desconfia que é portador do vírus HSV-1 e quer ter um diagnóstico efetivo da doença, deve recorrer a um médico dermatologista.
Através da observação clínica de uma lesão ativa e do recurso a análises laboratoriais, o especialista consegue apresentar um diagnóstico correto e prescrever um tratamento ajustado às especificidades do seu caso.
Como se contrai a doença?
O contágio do herpes labial surge pelo contacto direto com a lesão. Beijar alguém infetado ou partilhar talheres e copos são as formas mais comuns de transmissão da doença.
A primeira manifestação ocorre entre 1 e 3 semanas após o contágio. Se não for devidamente tratada, a lesão pode permanecer ativa até 14 dias. Porém, com o recurso a fórmulas antivirais – de administração oral ou tópica – este período pode ser reduzido para os 5 a 7 dias.
Relação do herpes com o sistema emocional
Sendo uma infeção crónica, mesmo estabilizados os seus sinais, o vírus permanece no organismo, instalando-se nas células nervosas. Esta condição torna a manifestação do herpes labial altamente suscetível a fatores emocionais.
Assim, stress, frustração, depressão e ansiedade, por exemplo, são condicionantes que reativam a doença. Consumo de álcool, exposição ao sol, baixa imunidade e período pré-menstrual são outras causas que devem ser consideradas.
Como se manifesta o herpes labial?
Mesmo durante o período em que o vírus se encontra assintomático, o HSV-1 mantém-se no organismo com algum grau de transmissibilidade.
Quando reativado, os sintomas da doença manifestam-se nos lábios, podendo propagar-se para as zonas em redor, como nariz, bochecha e queixo. Sobre a pele, surgem pequenas bolhas de água que provocam sensações desconfortáveis como comichão, ardência e dor. Quando rompem, essas vesículas secam, formando crostas que tendem a cair após alguns dias. Estas crises são periódicas e variáveis, podendo voltar em intervalos temporais de semanas, meses ou até anos.
Tratamentos disponíveis para amenizar os sintomas
Os sintomas provocados pelo herpes labial podem ser amenizados com recurso a fórmulas antivirais de aplicação tópica (administração direta na pele).
É recomendável recorrer à consulta de um farmacêutico para obter o aconselhamento adequado sobre os produtos existentes no mercado. Estas soluções não carecem de receita médica e devem ser aplicadas sobre a lesão para alívio do desconforto e aceleração do processo de cicatrização.
Entre as várias fórmulas comercializadas, vai encontrar:
- Creme ou gel para atenuar a dor e a irritação;
- Pomada antiviral para acelerar a cicatrização;
- Adesivo para proteger a pele durante o processo de recuperação.
Em casos mais graves, quando a doença se manifesta com grande regularidade, acarretando grande desgaste físico e psicológico ao seu portador, é recomendável a intervenção do dermatologista ou do médico de família.
Estes profissionais estão habilitados para prescrever medicamentos de toma oral que ajudam a controlar os sintomas e a minimizar os constrangimentos estéticos provocados pelas vesículas.
Como prevenir o contágio do herpes labial
Uma vez portador do vírus HSV-1, o indivíduo tem que conviver com a doença, procurando controlar ao máximo os mecanismos que desencadeiam o seu desenvolvimento, como a exposição solar.
Não existindo cura, é também muito importante prevenir o contágio, através da adoção de alguns cuidados:
- Evitar a troca de beijos, sobretudo com crianças e pessoas com o sistema imunitário debilitado, sempre que as lesões estejam presentes;
- Não partilhar objetos de uso pessoal, tais como copos e talheres, lâminas de barbear, toalhas, batons e outros cosméticos;
- Lavar muito bem as mãos e evitar levá-las a outras partes do corpo (sobretudo aos olhos e aos órgãos genitais) dado o risco de propagação do vírus;
- Evitar contactos de maior intimidade sempre que as lesões estão ativas.
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